terça-feira, 5 de março de 2013

Para iniciar com o tema “Cinemática” é necessário conhecer a sua definição, que é o item da física que estuda os tipos de movimentos sem se atentar com suas causas, ou seja, vamos descrever os movimentos, mas sem se preocupar com o que ocasionou este movimento. Então começamos com uma pergunta: quantos tipos de movimentos você pode identificar no salto de um paraquedista?

Mas afinal porque estudar cinemática? O estudo na prática da matéria cinemática serve para descrever com exatidão o movimento de corpos celestes, como por exemplo: planetas, satélites, cometas dentre outros.Mediante o estudo da cinemática podemos saber a que posição um corpo celeste se localiza, qual a sua velocidade e que tipo de movimento este corpo esta descrevendo e ainda podemos predizer com precisão onde este corpo permanecerá em um apontado instante e qual tipo de trajetória estará executando.

Ao decorrer do nosso estudo vamos dar ênfase nos movimentos que ocorrem próximos a superfície da terra,deste modo em movimentos que acontecem em linha reta , lançando sob ação da gravidade e movimentos que acontecem numa trajetória circular .
Antes de passarmos para o estudo da cinemática propriamente dita, vamos estabelecer alguns conceitos principais que serão importantes ao longo de todo nosso estudo: Vamos dar início discutindo conceitos de movimento, repouso e referencial. Vamos mostrar que a trajetória de um corpo depende do referencial que você toma para observar o movimento. Vamos ainda debater o conceito de ponto material e corpo extenso, e como isso se aplica na resolução de alguns problemas. Iremos distinguir o conceito de deslocamento e distância percorrida e vamos definir a grandeza física velocidade.
Os conceitos de movimento, repouso e referencial são muito importantes em todo estudo da cinemática. Vamos considerar uma situação onde temos uma casa, um carro e um avião, qualquer um dos três pode ser eleito como nosso referencial. Um referencial é um ambiente de onde nós observamos os movimentos. Falamos que um corpo esta em movimento quando a sua posição muda em relação a um referencial, sendo assim não podemos afirmar que um corpo esta em repouso ou em movimento sem definir qual o referencial, ou seja, sem definir de onde estamos observando o movimento. Para uma definição mais precisa de movimento ou repouso é a seguinte: "Um corpo está em repouso ou em movimento em relação a outro corpo quando a distância entre ele variar no decorrer do tempo, caso contrario estará em repouso".
Assim como a condição de movimento e repouso depende do referencial observado, a  trajetória do corpo também depende de referencial observado. A trajetória que um objeto executa é a linha que ele descreve ao se movimentar. Como a condição de movimento de um objeto depende do referencial tomado para observá-lo, consequentemente a trajetória também depende do referencial. Um mesmo objeto pode descrever uma trajetória retilínea, curvilínea ou estar parado ao mesmo tempo.


Vamos agora diferenciar o conceito de deslocamento escalar e distância percorrida. Chamamos de deslocamento a diferença entre a posição final e a inicial, é o quanto o objeto se distanciou,ou mais precisamente:"A posição de um objeto(móvel) pode variar à medida que ele se afasta ou se aproxima do referencial, e essa variação de posição chamamos de deslocamento".


Matematicamente: 
Para calcular o deslocamento de um corpo, procede-se à diferença entre a posição final do corpo e a posição inicial.
A trajetória nada mais é que o conjunto de posições que estão sendo ocupadas pelo móvel no decorrer do tempo.

Agora vamos definir velocidade: A velocidade de um corpo" é uma grandeza que deve indicar como o corpo esta se deslocando e relação desse deslocamento em determinado tempo".


Velocidade média: a velocidade média é quanto um objeto se desloca em um determinado tempo e pode ser representada pela seguinte equação:

, onde vm significa velocidade média, o intervalo do deslocamento e o intervalo de tempo.Exemplo:

"Sabendo que o deslocamento deste ônibus é de 500 km e que o tempo gasto nesta viagem é de 5 h, podemos escrever assim esses dados:"

ΔS = 500 km
ΔT= 5 h
Vm =ΔS / ΔT
Vm= ?
ΔS = 500 km
ΔT= 5 h
Substituindo …
Vm = 100 km/h


 Tipos de movimentos
  Movimento uniforme: é aquele que tem velocidade constante e consequentemente não possui aceleração e é representado por uma função de primeiro grau. Para ficar mais fácil, suponha o seguinte exemplo: Você já deve ter observado este tipo de movimento quando está dentro de um carro em movimento. Observando o velocímetro do carro, pode ter trechos em que o velocímetro marca sempre a mesma velocidade em qualquer instante ou intervalo de tempo, como por exemplo, 100 km/h (fig. abaixo).

 ü Movimento retilíneo uniforme: quando o móvel percorre espaços iguais em tempos iguais, não vai acontecer mudanças na direção e sentido do movimento. Logo neste movimento a velocidade é constante.



Como no movimento uniforme a velocidade não se altera, a aceleração é nula (a = 0).
Função Horária que define o MRU: representa o endereço de um móvel no tempo, ou seja, ela fornece a posição desse móvel num momento qualquer. Logo abaixo está passo a passo de como chegar à formula simplificada.


Gráfico posição x tempo:
Primeiramente este gráfico nos traz a relação da posição com o tempo, ou seja, através dele podemos encontrar a posição a cada instante. Corresponde a equação horaria do movimento.


Exemplo:
A inclinação da reta representa a velocidade.
Exercícios resolvido :
"Dois motociclistas, A e B, percorrem uma pista retilínea com velocidades constantes va=15m/s e vb=10m/s. No inicio da contagem do tempo suas posições são xa=20m e xb=300m.Determine o tempo decorrido em que o motociclista A ultrapassa e fica a 100m do motociclista B".
Primeiro passo: escrever em destaque todos os dados
Va:15m/s
Vb=10m/s
Xa=20m
Xb=300m
T=? para quando xa-xb=100m
Montando a função horaria para cada móvel:
S=s0+v.t
Xa=20+15.t
Xb=300+10.t
Desejamos saber o instante em que A fica a 100m de B, ou seja , xa-xb=100m.
Xa-xb=100
20+15t-(300+10t)=100
5t-280=100
5t=100+280
T=380/5
T=76 s



Movimento uniformemente variado: ele tem velocidade variável, passa a existir uma aceleração e esta será constante. Este tipo de movimento vai ser representado por uma função de segundo grau.






Aceleração Média: É a grandeza que indica a variação da velocidade com o tempo, sendo a aceleração média definida por ,


 

Função horária da velocidade: Como a aceleração é a grandeza física que indica a variação de velocidade, ela será essencial à determinação da função horária da velocidade. Podemos extrair tal função da fórmula da aceleração.






Função horária do MUV: A função horária da velocidade não é suficiente para a descrição de todos os movimentos uniformemente variados; é necessário conhecermos também a função horária do MUV:



A função horária do MUV é uma função do segundo grau, onde so é o espaço inicial e vo, a velocidade inicial. Nessa função, s (espaço final) e t (tempo) se relacionam (s em metros e t em segundos).
É muito comum encontrar problemas de Física em que o tempo não aparece. Quando isto ocorrer sempre usaremos a equação de Torricelli, que é obtida a partir da função horária da velocidade e da posição.

Equação de Torricelli: Elevando a função da velocidade ao quadrado e fazendo mais alguns cálculos matemáticos, podemos obter a equação de Torricelli.

observe que nesta equação o tempo não aparece.

Movimento circular: Um corpo esta em movimento circular quando a sua trajetória ocorre sobre uma circunferência ou um arco de circunferência. Exemplos:
O pneu de veículos, bicicletas:












Leitor de compact disk CD


O movimento de um satélite em torno da terra:



Continuaremos agora com algumas definições deste movimento:

Período: período pode ser definido como o tempo gasto por um corpo para efetuar uma volta completa. Um exemplo clássico é o período de rotação da terra que é de 24 horas e o de translação de 365 dias.

Frequência: frequência é o número de voltas dadas por uma unidade de tempo. Então temos a seguinte equação:




Vamos iniciar o estudo dos movimentos que ocorrem sob ação da gravidade, e iniciaremos pelo estudo da queda livre. O que você acha que deve ocorrer se deixarmos cair de uma mesma altura uma bola de boliche e uma bola de gude?


 


 A maioria das pessoas por percepção espera que a bola de boliche por ser mais pesada vai cair mais rápido chegando primeiro ao chão. Porém, a experiência nos mostra que se abandonadas ao mesmo tempo as duas bolas chegam juntas ao chão, independente de suas massas. Legal né? Mas qual seria a explicação? Isso ocorre porque se o atrito com o ar for desprezível, todos os corpos caem com a aceleração da gravidade, g=9,8m/s2.
Dizemos então que um corpo esta em queda livre quando ele cai exclusivamente sob a ação da gravidade, de modo que a resistência com o ar seja desprezível ou nula. Sabemos que todos os corpos a nossa volta caem e sofrem a ação da resistência do ar e, portanto não estão em queda livre. No entanto, como no nosso exemplo corpos como a bolinha de gude, pedra ,devido ao seu formato e massa, sofrem pouco com a resistência do ar e por isso quando abandonados podemos considerá-los em queda livre.


Referencias :
BARROS, Carlos. Física e química, São Paulo: Ática, 2002
CRUZ, Daniel. Ciências. São Paulo: Ed. Ática, [ca. 2004].
GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Ciências: novo pensar. São Paulo: FTD, 2002
SALÉM Sônia; CISCATO, Carlos Alberto Mattoso. Vivendo ciências. São Paulo: FTD, 2002
http://www.fisicapaidegua.com/conteudo/conteudo.php?id_top=010103 acesso em 24/02/2013.
http://dicasdeciencias.com/2008/04/20/velocidade-media/

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/fisica/mecanica/cinematica/mecanica4_deslocamento.
http://www.fisicaevestibular.com.br/cinematica1.htm


Nenhum comentário:

Postar um comentário